Fiz estes croquis com caneta nanquim descartável e uma caneta hidrocor aquarelável TOMBO. Eles são o resultado de uma tarde na Colombo, uma confeitaria muito tradicional do Rio de Janeiro, situada na rua Gonçalves Dias, centro da cidade. Foi fundada em 1894 pelos portugueses Joaquim Borges de Meirelles e Manuel José Lebrão, este último, inventor da famosa frase "o freguês tem sempre razão".
Entrar na Colombo é uma viagem no tempo, de volta para a belle époque do Rio de Janeiro antigo. O interior art nouveau data de 1913 e impressiona. Me chamou a atenção o trabalho minucioso dos entalhes do mobiliário em madeira jacarandá, desconheço profissional que seja capaz de esculpir madeira desta forma hoje em dia. Os espelhos (Belgas) são gigantescos e foram dispostos dos dois lados do salão, multiplicando o espaço infinitamente, fiquei imaginando o transporte e o preço desses espelhos enquanto degustava o famoso chá Colombo.
Os detalhes das bancadas de mármore italiano, o desenho do piso de ladrilho hidráulico, as enormes cristaleiras cheias de doces deliciosos, tudo deixa o ambiente com aquele ar de sofisticação e elegância.
E pensar que naquelas cadeiras, talvez até na minha, já sentaram vários figurões, como Olavo Bilac, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda, rei Alberto da Bélgica (em l920), e a rainha Elizabeth da Inglaterra (em l968).
Para coroar o espaço, uma clarabóia com um belíssimo vitral deixa entrar um pouco de luz natural em um dia chuvoso no Rio de Janeiro.
Um comentário:
Um garçom,quando almocei por lá, disse que sentei na mesa preferida de Getúlio, onde ele gostava de levar suas amigas vedetes e chacretes...um almoço belíssimo e agradável numa tarde de sol.Aproveitei bem a claraboia, o que me faz querer voltar lá em breve, que seja para um chá.
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